Neste XVII Domingo Comum o Evangelho me leva a fazer
a seguinte meditação:
·
O dos discípulos que sentavam ao seu
redor para ouvi-lo e o tinha como único mestre, que tinham deixado tudo para
segui-lo...
·
O
da multidão interesseira que o procurava somente pelos milagres que ele podia
realizar.
Hoje nossa cultura valoriza mais o TER que o SER e
até algumas religiões surgiram somente com este objetivo. Multidões se aproximam de Cristo, lotam as
Igrejas somente pelos milagres e benefícios que os pastores prometem. As
pessoas não querem ser cristãs, querem ter Cristo como um mago para suprir as
necessidades. Muitos não estão nem aí
para Jesus Cristo, para a Igreja Católica, querem somente os benefícios que
Cristo e a Igreja podem lhes oferecer. Um grande exemplo são os assentamentos:
antes de ganhar a terra muitos eram pessoas de oração, caminhavam juntos com a
comunidade, pois era o padre ou a freira quem apoiava a luta e organizava o
povo. Todos se diziam religiosos, mas depois que ganharam a terra se afastaram
e em alguns assentamentos das paróquias onde trabalho (Itaeté e Andaraí Bahia) se
o padre entrar hoje é “expulso”.
Ø
E nós, procuramos Jesus para que? Por
que participamos da comunidade? Somos discípulos que seguem Jesus de perto e o
tem como único mestre ou fazemos parte desta multidão sem compromisso?
2-Jesus se antecipa às necessidades humanas. Diante
de um problema para resolver ele não fez tudo sozinho, mesmo sabendo o que
fazer jogou o problema também nas mãos dos discípulos: onde vamos comprar pão para alimentar esta multidão? Felipe
constata a quantidade imensa de pessoas para serem alimentadas e a incapacidade
de alimentar tanta gente com tão pouco. André, por sua vez, aponta uma solução:
a partilha.
·
O milagre e a partilha acontecem, todos
se alimentam com fartura e ainda sobra. Lembrando assim os tempos messiânicos
de Isaias 49,10 onde os dons de Deus
seriam derramados abundantemente sobre o povo e ninguém mais passaria
necessidade. Portanto uma das finalidades deste milagre foi mostrar que de fato
Jesus era o Messias esperado, o Filho de Deus. Meus caros, diante da resposta de Felipe fica evidente
que houve sim milagre e não somente a partilha. Deus realizou o milagre, mas
com a colaboração humana. Se serviu dos pães e peixes que tinham à disposição
para realizar o milagre.
·
Hoje há uma grande ferida aberta no seio da
humanidade.
NO MUNDO: Segundo dados da FAO (organização da
ONU para alimentação e agricultura) morrem de fome,
anualmente, pelo menos 5 milhões de crianças no mundo, o que dá uma média de um
óbito a cada 5 segundos. 12 crianças morrem de fome a cada minuto no mundo.
Mais de vinte milhões de crianças nascem com o peso abaixo dos padrões mínimos,
correndo maior risco de morte durante a infância e os que sobrevivem carregam
seqüelas para o resto da vida.
NO BRASIL: A tese de um aluno da Universidade
Federal de Santa Catarina divulgou que: 1)
32.000.000 de brasileiros
defrontam-se diariamente com o problema da fome; a renda mensal lhes garante,
na melhor das hipóteses, apenas a aquisição de uma cesta básica de alimentos. 2) A quantidade diária de calorias e
proteínas recomendada para cada
pessoa por dia é de 2.242 Kcal e 53 gramas de proteínas. O Brasil tem uma
disponibilidade de 3.280 Kcal e de 87 gramas de proteínas por habitante; 3) A fome que atinge 32 milhões de
brasileiros não se explica pela falta de alimentos, mas pela má distribuição de
renda e pelo desperdício. No Brasil a cada ano, cerca de 70 mil toneladas de
alimentos são jogadas no lixo. 64% do que é plantado no Brasil é descartado. Enquanto
Jogamos alimento fora a Cruz Vermelha aponta que existe um bilhão de pessoas
que aguardando um prato de comida todos os dias.
Esses são os dados a nível de país, e em nosso
município, em nossas comunidades será que não existem famintos? Será que
pessoas não passam fome? E o que estamos fazendo por elas?
·
Jesus quer alimentar os famintos e coloca o
problema em nossas mãos: onde vamos
comprar pão para alimentar esta multidão? Assim como os discípulos fizeram
nós também devemos fazer. Temos que estar dispostos a partilhar e não o que
sobra, mas o que temos de melhor, pois o pobre não é minha lata de lixo. E
ninguém é tão pobre que não tenha o que partilhar. Quem nos impede de partilhar
não é nossa pobreza, é nosso egoísmo. Diz um canto muito comum em nossas
comunidades que “o pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada, o pouco que
repartimos é fartura abençoada”.
3-Hoje encerra o mês do dízimo que é, antes de tudo,
partilha. Porém o egoísmo não nos deixa partilhar. Ensinamos as crianças desde
cedo a ser egoístas, a pensar só em si mesmas. Por isso a importância do dízimo
mirim.
Quem faz uma verdadeira experiência de Deus tem a
mesma atitude dos discípulos: reconhece Jesus como Mestre, abandona tudo para
segui-lo e como o Mestre se comove diante do sofrimento da humanidade. Eis o
parâmetro para que cada um analise sua caminhada de fé.
Hoje nossa cultura valoriza mais o TER que o SER e
até algumas religiões surgiram somente com este objetivo. Multidões se aproximam de Cristo, lotam as
Igrejas somente pelos milagres e benefícios que os pastores prometem. As
pessoas não querem ser cristãs, querem ter Cristo como um mago para suprir as
necessidades. Muitos não estão nem aí
para Jesus Cristo, para a Igreja Católica, querem somente os benefícios que
Cristo e a Igreja podem lhes oferecer. Um grande exemplo são os assentamentos:
antes de ganhar a terra muitos eram pessoas de oração, caminhavam juntos com a
comunidade, pois era o padre ou a freira quem apoiava a luta e organizava o
povo. Todos se diziam religiosos, mas depois que ganharam a terra se afastaram
e em alguns assentamentos das paróquias onde trabalho (Itaeté e Andaraí Bahia) se
o padre entrar hoje é “expulso”.
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O milagre e a partilha acontecem, todos
se alimentam com fartura e ainda sobra. Lembrando assim os tempos messiânicos
de Isaias 49,10 onde os dons de Deus
seriam derramados abundantemente sobre o povo e ninguém mais passaria
necessidade. Portanto uma das finalidades deste milagre foi mostrar que de fato
Jesus era o Messias esperado, o Filho de Deus. Meus caros, diante da resposta de Felipe fica evidente
que houve sim milagre e não somente a partilha. Deus realizou o milagre, mas
com a colaboração humana. Se serviu dos pães e peixes que tinham à disposição
para realizar o milagre.

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